quinta-feira, 18 de junho de 2015

OS HOSPITALÁRIOS NO ALTO ALENTEJO

Os guerreiros aqui representados pertenceram às duas principais ordens militar-religiosas da época medieval : os Templários e os Hospitalários. Na península Ibérica, nos recuados tempos da Reconquista cristã, estes homens de armas integraram as milícias mais aguerridas na luta contra o ocupante árabe. Os reis de Portugal, por exemplo, recorreram muitas vezes à sua preciosa ajuda para conquistar castelos e territórios; e, em recompensa pelos serviços prestados, doaram-lhes vastas áreas do país, que eles se comprometiam a administrar e a defender dos ataques da moirama. Os cavaleiros Hospitalários de São João de Jerusalém (com um representante aqui, todo de negro vestido) chegaram  à minha região por volta de 1194, no reinado de D. Sancho I. Monarca que lhes ofereceu as chamadas Terras de Guidintesta, exigindo-lhe que construíssem um castelo em Belver, para fortalecer a linha de defesa do Tejo. Isso feito, os Hospitalários por ali se mantiveram até 1356, ano em que a sua sede passou a funcionar no mosteiro fortificado de Flor da Rosa, perto da vila do Crato. Esse mosteiro (situado a 18 km da minha residência) foi fundado pelo grão-mestre D. Álvaro Gonçalves Pereira, pai do condestável dos exércitos de D. João I e grande vencedor de Aljubarrota. Os Hospitalários -instituição que foi criada, enquanto ordem militar, em 1099- chamam-se, hoje, Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (vulgo Ordem de Malta) e continuam a manter uma relação privilegiada com a minha região.

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