quarta-feira, 25 de março de 2015

BONECOS DO ALENTEJO

A ingenuidade destes 'bonecos de Estremoz' em nada lhes retira valor. Nem artístico, nem simbólico. Antes pelo contrário... Hoje, estas peças, são consideradas pequenas obras de arte 'naïve', executadas por gente simples, mas sábia, que apenas quis reproduzir, em barro, cenas da vida quotidiana dos seus patrícios e pessoas de um tempo que já foi tempo... Algumas destas valiosas peças até já pertencem ao espólio de museus e a coleccionadores particulares, que conhecem o valor intrínseco desta arte popular alentejana. As peças mostradas são «O Aguadeiro», personagem citadina, dos tempos em que ainda não havia 'água da parede', como lhe chamava a minha avó Antónia Joaquina. Este boneco é da autoria de José Moreira (1926-1991) e pertence a uma colecção particular. A segunda peça, saída do 'atelier' das irmãs Flores, intitula-se «Cozinha dos Ganhões» e mostra o repasto frugal desses campesinos da terra transtagana. Estas fotos foram extraídas -sem autorização prévia- do interessantíssimo blogue 'Do Tempo da Outra Senhora', cuja visita se recomenda. Espero que o responsável pela edição do dito não leve a mal esta confessada usurpação. Porque a dita só se fez no espírito de valorização do Alentejo, das suas gentes e da sua cultura.

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