sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
SELOS DO CORREIO
Embora nunca os tenha coleccionado, o facto é que os selos de correio sempre me fascinaram. E estou absolutamente convencido que os ditos são (e sempre foram) um inestimável vector de cultura. Pergunto-me por vezes : quantas coisas não aprendi eu (e milhões de outras pessoas do mundo inteiro) graças ao olhar interessado lançado sobre uma dessas simples e maravilhosas estampilhas ? -Que suscitam curiosidade e subsequentes buscas, para se saber um pouco mais sobre os temas abordados. Que são vastíssimos, englobando todas as áreas do conhecimento humano. Gosto, muito em especial, das colecções de selos que abordam a temática das grandes descobertas geográficas. Nas quais brilharam, com particular fulgor, os nossos compatriotas de antanho. É, pois, para realçar o contributo de divulgador universal da História dos selos de correio, que aqui deixo uma amostra elucidativa : a de uma série de dois belíssimos selos -lançados, em simultâneo, pelas administrações postais de Portugal e da Coreia do Sul para comemorar 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países- que representam uma nau lusa do século XVI e um navio-tartaruga coreano; que é, indubitavelmente, um antepassado dos couraçados da primeira metade da precedente centúria. A nau portuguesa -cuja importância na guerra e no comércio marítimos do seu tempo foi primordial- tem traço do artista Telmo Gomes e o navio asiático (da mesma época) foi desenhado por um seu colega da Coreia do Sul de nome Eunkyong Park. Ainda referentemente a este último navio -conhecido na sua região de origem por 'kobukson'- refiro que, durante, séculos participou nos combates contra os invasores japoneses e é, a esse título, um emblema da História naval dos povos coreanos. Voltarei a este tema dos selos e dos navios.
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