sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
SER CURIOSO...
Sou um indivíduo extremamente curioso. Por natureza. Sempre gostei de saber o porquê das coisas, contrariamente a muita gente que eu conheço, para a qual isso não tem a mínima importância. Mesmo em matéria de linguística... Quando ouço, por exemplo, uma expressão que não me é familiar, costumo perguntar (se o meu interlocutor for pessoa próxima) qual a sua origem. E fico algo frustrado se a pessoa chamada a elucidar-me não sabe responder-me. Enfim, manias ! Aqui há dias topei com um livrinho (publicado pela Planeta), que me apressei a comprar. Trata-se de uma preciosa obra de Sérgio Luís de Carvalho -historiador e romancista consagrado- intitulada «Nas Bocas do Mundo». Que é, segundo legenda inscrita na capa do próprio livro, 'uma viagem pelas histórias das expressões portuguesas'. Confesso que li esta obra com a (quase) voracidade com que um menino 'trata da saúde' a uma caixa de bombons. Magnífico e indispensável livro para os curiosos com os quais (e estou a repetir-me) eu me identifico plenamente. Como tenho a pretensão de falar francês fluentemente (mais de 40 anos passados na pátria de Vítor Hugo, permitem-me essa gabarolice), também -antes- sentira a mesma curiosidade em relação àquelas expressões que os gauleses utilizam quotidianamente, mas sobre a origem das quais pouca gente se interroga. Para poder obter informação fidedigna sobre as ditas, já dispunha de uma obra simular àquela escrita por Sérgio Luís de Carvalho : «Les 1 001 Expressions Préférées des Français». Da autoria de Georges Planelles, editada pelo Livre de Poche, este livro é, como o precedente, algo de inestimável, do qual não me separo. Ou que, pelo menos eu «tenho sempre à mão de semear».
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