quarta-feira, 19 de novembro de 2014
FALTAM PONTES, FALTAM BOAS VONTADES
Aqui há dias, falando sobre o muro de Berlim (e sobre a sua queda), o actual ocupante do trono de São Pedro disse esta verdade de La Palice : mais do que muros que dividem, a Humanidade necessita é de pontes que a unam. Enfim, disse mais ou menos isto. E eu pensei, curiosamente, em duas coisas : no muro vergonhoso, infame, que Israel ergueu para dividir a terra da Palestina e do qual pouco se fala, vá lá saber-se porquê ? E de uma modesta ponte lançada sobre a ribeira de Sor, nas proximidades da minha terra. Pensei nessa ponte erguida em 1930 (muitos anos antes de eu ter nascido) por um meu tio-avô -mestre José Alves- que facilitou a vida a muita gente que transitava -a pé ou a cavalo- entre a estação da Cunheira (no ramal de Cáceres) e algumas aldeias do distrito de Portalegre; que antes da existência dessa sólida obra de engenharia (concebida e construída -em pedra de alvenaria- por um simples pedreiro) se via obrigada a atravessar o Sor a vau ou a fazer um desvio de muitos quilómetros, quando o seu forte caudal impedia toda veleidade de passar para a outra margem. Sim, o Papa tem razão ! É muito mais útil (e fácil) construir pontes que aproximem os homens do que muros que os separem. Assim houvesse gente de boa vontade... Sobretudo entre aquela que manda no mundo.
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