quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CINE-SAUDOSISMO (3)

O filme «O FRANCISCANO DE BOURGES» («Le Franciscain de Bourges») foi realizado em 1967 por Claude Autant-Lara. Que nele nos conta a histórica -verídica- de um religioso alemão, que os nazis compeliram a integrar o exército hitleriano de ocupação da França. Com uma formação em enfermagem o irmão Alfred Stanke é afectado à prisão de Bourges, uma cidadezinha da França interior, onde a Resistência se desdobra em actividades contra as forças ocupantes. As sevícias aplicadas aos patriotas  capturados (a maior parte deles prometida ao pelotão de execução) vão despertar a compaixão do franciscano; que lhes trata os ferimentos e lhes transmite esperança, após muitas desconfianças e hesitações por parte dos condenados franceses. Alfred logra sobreviver à guerra. Mas quando a Resistência local lhe propõe -reconhecidamente- que fique na região sob a sua protecção, este responde com um sorriso triste, apontando na direção das tropas hitlerianas em debandada : não; porque agora são eles que vão precisar da minha dedicação e da minha ajuda. Bonito filme (apesar de imagens chocantes), com um conteúdo humanista, que não mereceu, aquando da sua estreia, o bom acolhimento que indubitavelmente merecia. Com Hardy Kruger (no papel nuclear), Jean-Pierre Dorat e Gérard Berner. Curiosidade : o actor alemão Hardy Kruger, que rodou as cenas que lhe competiam nos lugares onde se desenrolou o drama narrado, recusou-se a receber o mínimo 'cachet' pela sua participação no filme.

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