segunda-feira, 8 de setembro de 2014

OS MAIS RIJOS NAVEGADORES DO MUNDO

Em Agosto de 1956, a versão em língua portuguesa das «Seleções do Reader's Digest» publicaram um artigo de Alan Villiers (oficial de marinha, jornalista e escritor australiano) intitulado «Os Mais Rijos Navegadores do Mundo», que era composto por excertos do seu livro «The Quest of the Schooner Argus»; obra que por cá se intitulou, se bem me lembro, «A Campanha do Árgus» e que foi recentemente reeditada. Esse artigo tecia rasgados elogios ao trabalho árduo, à coragem e à tenacidade dos nossos pescadores de bacalhau; que, nos gélidos mares do Atlântico norte, lutavam, meses a fio, pela sobrevivência (sua e dos seus), exercendo uma profissão que comportava riscos que poucos 'lobos do mar' de outras nacionalidades estavam dispostos a correr. Sobretudo porque a sua actividade se desenvolvia a bordo dos frágeis dóris de navios tais como o referido veleiro «Árgus». Aqui fica, pois, a memória dessa homenagem prestada às gentes do bacalhau, dignos herdeiros dos navegadores de Quinhentos e da saga escrita pelos nossos maiores na História Universal. Acho que uma boa maneira de recordarmos essa epopeia e de a valorizarmos, talvez consista numa visita atenta ao Museu Marítimo de Ílhavo, que representa um padrão à glória desses mais recentes heróis do mar. Eu já lá fui duas vezes e saio de lá sempre mais admirativo e encantado com a experiência...

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