sábado, 6 de setembro de 2014
ASSIM VAI O MUNDO...
Fernando Ventura é um frade franciscano que ganhou protagonismo na televisão (e noutros meios de comunicação social), graças ao seu discurso -bastante crítico- sobre a 'obra' dos nossos governantes e sobre a maneira como nós vivemos em sociedade. Eu não sou religioso, mas admiro a frontalidade e o humanismo deste homem e a mensagem que ele, serenamente, nos transmite, para nos incitar a fazer deste mundo uma casa onde caibam todos os homens e onde todos possamos viver de maneira mais harmoniosa. Convidando-nos a trocar «o eu SOLITÁRIO, pelo nós SOLIDÁRIO»... É pena que frei Fernando Ventura não esteja mais presente na TV. Nessa TV onde pululam e se multiplicam os politiqueiros profissionais do sistema, que nos conduziram ao pesadelo que tomou conta das nossas vidas.
Os implicados no 'Caso Face Oculta' (que já se arrasta há 3 anos) foram ontem condenados em tribunal a penas de cadeia efectiva. Mas, como é habitual neste nosso país, ficaram todos em liberdade. Para que os seus advogados possam, agora, introduzir recursos, que transformem, eventualmente, a primeira decisão dos juízes em penas mais leves ou, até, simbólicas. Será desta vez que os corruptores e corrompidos, que transformaram este país num lodaçal, serão castigados pelos seus crimes ? Esperamos que sim ! Como esperamos também que, um dia, se tenha o bom senso de começar a investigar, de maneira séria, a vidinha daqueles que -servindo-se da influência oferecida pelos seus cargos públicos- enriqueceram subitamente e em margem da legalidade.
Segundo notícias dos jornais, metade dos portugueses desempregados não recebem qualquer subsídio. E muitos deles já desistiram de procurar trabalho e não estão sequer inscritos nos centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Que quer o (des)governo Passos/Portas fazer com esta gente ? Indivíduos que, antes de serem números estatísticos, são pessoas de carne e osso, com famílias e com a legítima ambição de lhes proporcionar uma vida digna. Eu cá não sei ! Mas acho que esta situação, profundamente cruel, não pode durar; porque as pessoas não são de pau. Têm sensibilidade, sobretudo perante as situações de injustiça de que são vítimas. Como diz o outro, 'aguardemos pela pancada'. Que pode ser súbita e violenta.
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