quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OS FILMES DA MINHA VIDA (48)


«O OIRO DA DISCÓRDIA»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Carson City»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : André de Toth
Ano de estreia : 1952
Guião : Sloan Nibley e Winston Miller
Fotografia (c) : John Boyle
Música : David Buttolph
Montagem : Robert Swanson
Produção : Daniel Weisbart
Distribuição : Warner Bros.
Duração : 87 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Randolph Scott .................................................. Jeff Kincaid
Lucille Norman ………………………………………………... Suzan Mitchell
Raymond Massey ……………………………………………… Jack Davis
Richard Webb ………………………………………………….. Alan Kincaid
James Millican ……………………………………………….... Jim Squires
Don Beddoe ………………………………………………………. Zeke Mitchell
Larry Keating ……………………………………………………. William Sharon
George Cleveland ……………………………………………… Dodson
William Haade ………………………………………………….. Haggerty
Thurston Hale …………………………………………………… Charles Crocker

SINOPSE
Contratado para construir a linha férrea que ligará Carson a Virginia City, o engenheiro Jeff Kincaid é alvo da má vontade de certas figuras públicas da região, em particular da incompreensão do director do jornal «Carson City Clarion» e de Jack Davis, proprietário de uma mina de ouro.
Após o enigmático assassínio de Zeke Mitchell (o patrão do jornal), a ‘vox populi’ acusa os responsáveis pelas obras do caminho-de-ferro de serem os secretos comanditários do hediondo crime e obriga Alan, o irmão de Jeff, e Suzan, a filha da vítima, a romperem as amistosas relações que mantinham com o engenheiro.
Depois de uma avalanche ter bloqueado –num túnel em construção- alguns trabalhadores da via férrea (acidente que acaba por provocar um abnegado movimento de solidariedade por parte dos habitantes de Carson City), Jeff Kincaid vai desmascarar a famosa ‘quadrilha do champanhe’, que está por detrás de todas as malfeitorias cometidas na região : assaltos a diligências, morte violenta do pai de Suzan, derrocada que provocou o enclausuramento dos empregados da companhia ferroviária e o premeditado ataque ao comboio da linha Carson City-Virginia City, que deve transportar, aquando da sua viagem inaugural, um valioso carregamento de ouro.

O MEU COMENTÁRIO
Rodado por André de Toth na melhor tradição do western clássico, «O Oiro da Discórdia» é um bem ritmado filme de aventuras, que tem como ponto de partida a construção de uma linha férrea. Tal como «Aliança de Aço» (realizado por Cecil B. DeMille em 1939), referência obrigatória deste subgénero e paradigma de muitas histórias de ambiente ferroviário.
A acção do filme é presidida por Randolph Scott, que, no melhor da sua forma, protagoniza aqui o herói de um dos incontáveis westerns da sua carreira, dominada, largamente, por películas desta natureza. De notar ainda, na ficha artística de «O Oiro da Discórdia», a presença do canadiano Raymond Massey, um outro figurão do cinema western, que terminou a sua carreira de actor em 1969, desempenhando um dos papéis secundários da fita de J. L. Thompson «O Ouro de McKenna».
Quanto à realização de André de Toth, é sóbria, mas ostenta a marca de um bom profissional da época, que sabia ‘fabricar’ uma fita movimentada e agradável com o orçamento restrito atribuído a toda a fita de série B. «O Oiro da Discórdia» fica-se, no entanto e na minha modesta opinião (isto em termos puramente qualitativos), muito aquém do real valor de «O Caçador de Índios» e de «Homens de Gelo», dois inesquecíveis westerns que este cineasta (de origem húngara) rodou, respectivamente, em 1955 e 1959.
Embora os canais da TV portuguesa tenham difundido (sobretudo o canal RTP Memória) com alguma frequência este agradável filme de comboios (e não de cowboys !), a verdade é que o dito já merecia ter sido editado em DVD no nosso país; como o fez recentemente a vizinha Espanha. Essa falha é lamentável, porque esta fita é uma boa amostra do que era o cinema popular ‘made in Hollywood’ dos saudosos anos 50 do século XX.

(M.M.S.)


Pequeno cartaz promocional da fita «O Oiro da Discórdia» (norte-americano)


O engenheiro Jeff Kincaid (Scott, à direita), que deve dirigir os trabalhos de construção da via férrea Carson City-Virginia City, não é apreciado (assim como o não são os seus operários) por toda a gente da cidade onde vai iniciar-se a obra...


Cartaz francês


...mas, quando uma derrocada o aprisiona num túnel com vários outros trabalhadores dos caminhos-de-ferro, toda a população de Carson City se mobiliza para os salvar


Cartaz italiano


Jeff e Suzan (Lucille Norman) amam-se...


...mas esse amor só é possível, depois da captura da 'quadrilha do champanhe', que matara o pai da jovem (crime maldosamente imputado ao engenheiro), provocara a derrocada e se dedica a assaltar diligências e comboios, provocando a instabilidade na região


Outro cartaz original da película de André de Toth

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