terça-feira, 7 de setembro de 2010

OS FILMES DA MINHA VIDA (44)


«PERSEGUIÇÃO INFERNAL»

FICHA TÉCNICA
Título original : «The Great Locomotive Chase»
Origem : E. U. A.
Género : Guerra / Western
Realização : Francis D. Lyon
Ano de estreia : 1956
Guião : Lawrence Edward Watkin
Fotografia (c) : Charles P. Boyle
Música : Paul J. Smith
Montagem : Ellworth Hoagland
Produção : Lawrence Edward Watkin
Distribuição : Estúdios Walt Disney
Duração : 85 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Fess Parker ....................... James J. Andrews
Jeffrey Hunter .................... William Fuller
Jeff York ......................... William Campbell
John Lupton ....................... William Pittenger
Eddie Firestone ................... Robert Buffum
Kenneth Tobey ..................... Anthony Murphy
Don Megowan ....................... Marion A. Ross
Claude Jarman Jr. ................. Jacob Parrott
Harry Carey Jr. ................... William Bensinger
Lennie Greer ...................... J. A. Wilson

SINOPSE
Está-se no ano de 1862, em plena Guerra Civil. O general Mitchell ordena a James J. Andrews -um dos agentes secretos do exército federal- que escolha vinte combatentes e se interne, com eles, em território inimigo. A fim de ali levarem a cabo uma espinhosa missão : capturar e utilizar um comboio sulista, para os ajudar a destruir uma rede telegráfica, assim como todas as pontes que suportam a via férrea ligando as cidades de Alexandria e Memphis. Esse raide serve, naturalmente, para prejudicar a acção das tropas inimigas, nomeadamente a das forças comandadas pelo brilhante general confederado Pierre de Beauregard.
A primeira fase da missão é um sucesso para os unionistas, já que Andrews consegue mistificar William Fuller, o competente funcionário da companhia de caminhos-de-ferro visada. Mas este não tarda em aperceber-se do logro de que fora vítima e empreende uma perseguição ao comboio que, devido à sua boa fé, havia caído em poder dos adversários da Confederação. E, apesar de todos os ardis utilizados pelos agentes do Norte, Fuller consegue prevenir a cavalaria sulista e, assim, contribuir pessoalmente para a captura dos sabotadores.
Todos os espiões são condenados à morte por um tribunal de guerra confederado. Alguns dos combatentes nortistas conseguem, todavia, escapar da prisão onde aguardavam a sua execução, graças ao sacrifício consentido por Andrews e por alguns outros dos seus companheiros.
Antes de morrer, James J. Andrews terá a oportunidade de falar com William Fuller. E, a título particular, manisfesta-lhe a sua admiração pela constância e coragem que ele demonstrara aquando da caça que lhe movera, a si e aos seus homens.
Todos os agentes secretos de Washington receberão (alguns deles a título póstumo) a Medalha de Honra do Congresso, condecoração recentemente instituída para recompensar actos de bravura considerados excepcionais.

O MEU COMENTÁRIO
No tempo em que os westerns estavam na moda, os Estúdios de Walt Disney utilizaram várias vezes o saber de Francis D. Lyon (ex-técnico de montagem da Rank) para elaborar obras deste género -tão genuinamente americano- destinadas ao entretenimento familiar. Tal como outras fitas da Disney da mesma época, esta singular aventura ferroviária que é «Perseguição Infernal» também fazia (e não há mal nisso) a apologia das virtudes do homem americano, exaltando-lhe a coragem, a lealdade, o patriotismo.
Quem se lembra de ter visto a fabulosa película «Pamplinas Maquinista» («The General», coroa de glória do burlesco Buster Keaton), decerto descobrirá afinidades entre esse clássico do cinema mudo e «Perseguição Infernal». O que é natural, visto um e outro filme se inspirarem do mesmo acontecimento verídico ocorrido em Abril de 1862, durante a fratricida Guerra de Secessão.
Sem ser uma obra-prima do cinema de aventuras bélicas, «Perseguição Infernal» dispõe, no entanto, de todos os ingredientes (acção, suspense, emoção) para ser visto, ainda hoje, como um excelente passatempo. É assim, aliás, que consideramos esta fita, que, além do mais, tem o mérito de reunir um leque de óptimos intérpretes. A começar pelo atlético Fess Parker (1,95 m, 100 kg), o Davy Crockett e Daniel Boone exclusivo dos Estúdios Walt Disney. Jeffrey Hunter, no papel de William Fuller, também fez aqui um belíssimo trabalho de interpretação. O que não é de admirar por parte deste actor fordiano, que foi protagonista de alguns dos melhores westerns de toda a História do Cinema.

(M. M. S.)


Andrews (Fess Parker) e Fuller (Jeffrey Hunter) estão em diferentes campos da guerra civil, embora o primeiro consiga persuadir o segundo do contrário...


«A Perseguição Infernal» baseia-se numa história verídica e estas são as personagens autênticas que a protagonizaram


Jeffrey Hunter, actor fordiano, interpreta aqui o papel do herói sulista da película


Esta locomotiva é idêntica à que foi desviada pelo espiões e sabotadores da União...


William Fuller (Jeffrey Hunter, ao centro) apercebe-se do logro em que caíu...


Um dos cartazes promocionais da fita nos Estados Unidos


O comando nortista consegue apoderar-se de uma locomotiva inimiga, primeiro objectivo da sua missão em território hostil...


Capa do DVD -colocando Fess Parker em destaque- editado na América do norte


Para evitar a execução de todos os membros do comando, o chefe unionista e alguns prisioneiros diminuídos fisicamente, facilitam a fuga dos seus companheiros...

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