VENTO
O vento canta alegre nos salgueiros
Beija rosas, papoilas, açucenas
Escuta dos ciprestes vagas penas
Enfuna as brancas velas dos veleiros
Acompanha a derrota dos ribeiros
Anima em seu cantar tardes amenas
Concerto singular que é apenas
Esboço de poemas verdadeiros
Transporta em suas asas a semente
Que lança à terra virgem, renovada
Num labor ora vivo, ora indolente
Embala a noite, acorda a madrugada
Irrita-se, inconstante, e é ardente
Para logo serenar e não ser nada
** A. Santos Coentro **
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