domingo, 25 de julho de 2010

ENTRE A ESPADA E A PAREDE


O capitalismo (selvagem) não aprende nada com as lições da História. A crise que vivemos, actualmente, foi provocada pela extrema ambição de meia dúzia de figurões, que nunca produziram nada, mas que continuam a engordar, a engordar, a engordar... À custa das massas que trabalham e criam riqueza, que continuam a empobrecer, a apertar o cinto e a acumular raivas e ódios contra os tais figurões e contra quem permite -nas esferas políticas- este regabofe generalizado a que se assiste. Até que, virá o dia, em que não aguentando mais pressão, a marmita explode e as vítimas deste estado de coisas cometerão, infalivelmente, os excessos do costume. Como tem acontecido sempre, ao longo dos tempos, o burro quando já não suporta mais os excessos do dono, arreia a carga e atira uns valentes pares de coices ! E, depois, aguente-se com eles quem puder... O 'cartoon' que ilustra estas linhas, foi publicado recentemente pelo conhecido semanário francês 'Le Canard Enchaîné» e refere-se a um conflito que decorre numa multinacional instalada em Estrasburgo (uma das capitais desta Europa cada vez mais injusta para com a esmagadora maioria da sua população), entre o patronato e os assalariados. Conflito que se assemelha a muitos outros que, cada vez com mais frequência, por aí estalam. Tradução livre do 'diálogo' entre bonecos : «Qual é a pergunta do referendo ?» (pergunta o operário)». Resposta dos patrões : «Está ou não disposto a renunciar ao seu salário e ao subsídio de férias para conservar o seu emprego ?». -Dilema puramente anedótico ? -Se calhar não !...

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