sexta-feira, 18 de junho de 2010
«TOMBE LA NEIGE»
Tombe la neige
Tu ne viendras pas ce soir
Tombe la neige
Et mon cœur s'habille de noir
Ce soyeux cortège
Tout en larmes blanches
L'oiseau sur la branche
Pleure le sortilège
Tu ne viendras pas ce soir
Me crie mon désespoir
Mais tombe la neige
Impassible manège
Tombe la neige
Tu ne viendras pas ce soir
Tombe la neige
Tout est blanc de désespoir
Triste certitude
Le froid et l'absence
Cet odieux silence
Blanche solitude
Tu ne viendras pas ce soir
Me crie mon désespoir
Mais tombe la neige
Impassible manège
** Savatore Adamo **
Quando eu cheguei a França, corria o rude inverno de 1964/1965, esta canção estava na moda e tocou-me imediatamente. Ainda sem eu saber que a nostalgia que dela emanava jorrava do coração de um tipo quase da minha idade e que, comigo, talvez partilhasse o mesmo estado de alma; porque também ele fora transplantado de um país estrangeiro (no seu caso, a Itália) para os frios de uma Europa nortenha e tão diferente das paragens que, ambos, havíamos deixado para trás; ele, com os pais, por motivos económicos, e eu, sozinho, por razões de natureza política. O facto é que esta sua canção -que fala de amor- foi, nesse momento da minha vida, uma benção e um bálsamo; que, ainda hoje, tem o condão de evocar recordações longínquas (já lá vão quase 50 amos...) e dolorosas...
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