sexta-feira, 26 de março de 2010

IVA D'AQUINO, A ROSA DE TÓQUIO


Esta senhora, falecida em 2006, com a venerável idade de 90 anos, foi uma das figuras mais conhecidas (e mais populares) dos militares ianques que se bateram na chamada Frente do Pacífico. Chamava-se, de seu nome completo, Iva Ikuko Toguri d'Aquino, devendo este seu último apelido ao facto de ter casado com o diplomata português Filipe d'Aquino. Iva nasceu em Los Angeles e era detentora de um passaporte norte-americano. Fez uma visita ao Japão (seu país de origem) em 1941, para visitar um parente doente, e ficou retida nesse país após o ataque à base aeronaval de Pearl Harbour, ocorrido em 7 de Dezembro. Assediada pelas autoridades militares nipónicas, viu-se obrigada a animar uma emissão de rádio (em língua inglesa) chamada 'Zero Hour', que transmitia mensagens de desencorajamento para os G.I's. Mas a escolha das músicas que Iva -aliás Tokyo Rose- escolhia era de tal modo aliciante, que as suas emissões conquistaram muitas dezenas de milhar de auditores.
Depois da derrota do império japonês, de regresso aos Estados Unidos, Iva d'Aquino confessou ser a celebérrima Rosa de Tóquio e foi condenada a uma pena de 8 anos de prisão. Depois de ter cumprido essa pena, Iva ainda esteve para ser expulsa para o Japão; mas bateu-se para poder permanecer no país onde nascera e conseguiu os seus intentos, estabelecendo domicílio em Chicago. O presidente Gerald Ford concedeu-lhe o perdão oficial dos E.U.A, em 1977. A foto (acima) foi tirada a 7 de Março de 1946 pelas autoridades prisionais e consta de um dossiê estabelecido pelo FBI. Quando Iva d'Aquino morreu em Setembro de 2006 era ainda uma celebridade nos Estados Unidos, facto que lhe valeu por parte do jornal «The New York Times» (e não só) uma longa e detalhada notícia necrológica.

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