PERDI MEUS FANTÁSTICOS CASTELOS
Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los :
Quebrei as minhas lanças uma a uma !
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
Tantos escolhos ! Quem podia vê-los ?
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma !
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
(F. E. in «A Mensageira das Violetas»)
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