terça-feira, 5 de janeiro de 2010

«A NOITE DO MEU BEM»


A NOITE DO MEU BEM

Hoje, eu quero a rosa mais linda que houver
Quero a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje, eu quero paz de criança dormindo
Quero o abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje, eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda a beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem

Mas, como esse bem demorou a chegar
Eu já não sei se terei no olhar
Toda a ternura que eu quero lhe dar


De todas as canções românticas brasileiras que eu conheço, esta é, sem dúvida, uma das minhas preferidas. É da autoria (letra e música) de Adiléa da Silva Rocha, que foi, com o pseudónimo de Dolores Duran, também quem melhor a cantou. Esta autora-compositora-intérprete brasileira nasceu no Rio de Janeiro em 1930 e teve uma carreira efémera, apesar de se ter iniciado muito cedo na rádio e nos palcos. Senhora de uma voz bonita e calorosa, Dolores Duran faleceu a 23 de Outubro de 1959, quando contava apenas 29 anos de idade e já era uma estrela. O samba-canção cuja letra aqui vos deixo foi, porventura, o seu maior êxito; mas outras melodias agradáveis e de sucesso -como «Fim de Caso», «Estrada do Sol», «Quem sou Eu», «Solidão», «Por Causa de Você», «Escurinho», «Conversa de Botequim», «Conceição», etc- constituem a herança que ela deixou à chamada música ligeira do Brasil.


Dolores Duran actuando numa 'boite' do Rio de Janeiro, sua cidade-natal

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