Primeira foto : o bloguista em companhia do infante D. Henrique, personagem impropriamente alcunhada o Navegador. O histórico encontro teve lugar (há uns 35 anos) em Coimbra, num território conquistado pelo Dr. Bissaya Barreto : o Portugal dos Pequeninos. A não confundir com um sítio homónimo e, hoje, muito mais conhecido dos internautas do que este lugar -situado junto ao sussurrante rio Mondego- consagrado às bricadeiras da petizada. O príncipe apresentou-se-me -como podem ver- com o seu habitual disfarce : vestes amplas de cor escura e o chapeirão que sempre lhe conhecemos, do qual pende um cachecol ‘assorti’, muito útil para poder suportar as rijas ventanias que, no inverno, sopram do Atlântico e flagelam Vila do Bispo. A atestar a utilidade do trapinho está o facto da História de Portugal dizer muita coisa sobre este filho do rei da ‘Boa Memória’ e de uma matrona inglesa, mas nunca ter referido alguma constipação que tivesse atormentado o ilustre varão tripeiro.
Na segunda fotografia sou eu que navego. Aqui a bordo de um ‘vaporetto’ prestes a desembocar no Gran Canale, perto da bonita ponte do Rialto. A ponte -um dos monumentos mais emblemáticos da Cidade dos Doges- foi construída em finais do século XVI por um indivíduo que, antes desta sua obra, já se chamava Antonio da Ponte. Há gente assim, com nomes predestinados... A terceira fotografia (de início dos anos 90, se não estou em erro) mostra o escrevinhador na companhia de duas senhoras, aquando de um agradável e instrutivo passeio de gôndola. É que isto de ir a Veneza sem andar de gôndola, é quase como ir às festas da Moita e não comer uns coiratos com o respectivo e tradicional acompanhamento : uns copos de tinto do Cartaxo. Quanto à quarta foto, mostra a tal ponte do Rialto (e não dos Riachos, como lhe chamava um amigo meu de Torres Novas) pintada pelo excelso Canaletto. Trata-se do fragmento de uma das suas telas, que pertence às colecções do Museu do Louvre.
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