sábado, 19 de setembro de 2009

HERÁLDICA MUNICIPAL (1)

Não sei, francamente, porque gosto tanto de heráldica em geral e muito em particular da sua vertente municipal. Nem isso, agora, tem a menor importância. Estou-me nas tintas ! -Só sei que gosto de emblemas e de tentar desvendar -nos elementos que um escudo encerra- algo sobre a história e sobre os desígnios da cidade, da vila ou da aldeia que esse símbolo representa. Por essa razão, e de vez em quando, ilustrarei as páginas deste blog com o escudo municipal de uma terra qualquer e contarei, em meia dúzia de linhas, algo sobre a localidade em causa e sobre o seu atributo heráldico. Desta vez (a primeira) quero apresentar-lhe a si, improvável leitor, o brasão de armas da cidade de Palos de la Frontera, situada na província espanhola de Huelva e a menos de 100 km da nossa Vila Real de Santo António. Esse escudo, aqui ilustrado, é extremamente elucidativo, já que faz referência ao episódio mais importante da história dessa urbe : a partida do seu porto, dos 3 navios de Cristóvão Colon (qual Colombo, qual carapuça), que, no ano da graça de 1492, foram à descoberta do Novo Mundo, para grande benefício dos Reis Católicos, Fernando (de Aragão) e Isabel (de Castela e Leão) e do reino ibérico vizinho. Por esse facto e por esse feito, Palos de la Frontera (e não Palos de Moguer, como muitos erradamente ainda teimam em chamar-lhe) merece bem o epíteto de Berço da Descoberta, inscrito, em castelhano, no listel colocado sob o escudo. Lembro que esta localidade, geminada com Lagos (e que os portugueses fariam bem visitar), é a terra natal dos Pinzón –Martin, Vincente e Francisco- co-‘inventores’ da América. Como puderam observar, esta rúbrica, que aqui vai aparecer com uma certa frequência, não pretende fazer uma leitura científica dos brasões, mas socorrer-se deles para ‘amandar’ umas bocas sobre os motivos neles contidos e sobres as terras que representam. Tão só...

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